AULA DE ARTES
ASSUNTO:
A ARTE ECOLÓGICA
A arte ecológica leva em consideração que toda
atividade humana afeta o mundo em torno dela. Por esse motivo, ela analisa o
impacto ecológico da construção, exposição e efeitos a longo prazo da obra. As
questões ambientais são mais aparentes no discurso desse tipo de arte - ela
envolve toda uma metodologia eco-friendly. Muitos projetos envolvem
uma restauração local, ou emergem diretamente de uma função de serviço a
ecossistemas ou comunidades. Essa prática artística busca estimular carinho e
respeito pela natureza, propiciando diálogos e incentivando mudanças
estruturais a longo prazo. Muitas vezes os projetos envolvem ciência,
arquitetos, educadores, etc. Um artista que segue essa perspectiva é o
brasileiro Vik Muniz, que cria diversas obras utilizando lixo. O
documentário “Lixo Extraordinário” mostra o trabalho do artista e apresenta seu
processo criativo e sua relação com uma comunidade próxima de um aterro
sanitário do Rio de Janeiro. Outro artista muito importante no cenário
brasileiro é Frans Krajcberg. Uma marca de sua obra são esculturas com árvores
calcinadas, que são recolhidas de locais que sofreram com queimadas e
desmatamento. A obra denuncia a violência do homem com a natureza e tem forte
caráter ativista. A noção de adotar uma postura semelhante ao ativismo nas
artes teve como um de seus principais defensores o artista Joseph Beuyes. Ele
incorporou essa conduta como parte essencial de sua produção. Beuys já abordava
questões ecológicas em suas esculturas, performances, entre outros suportes
artísticos, de maneira revolucionária. Foi um dos fundadores do Green
Party na Alemanha e protagonizou, em 1982, uma ação impactante no
cenário: realizou o plantio de 700 mudas de carvalho marcadas por colunas de
basalto, em frente à sede da Documenta, exposição de arte contemporânea periódica
que ocorre na cidade de Kassel, na Alemanha.
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