ARTE GREGA
Emergindo das
Trevas, iniciou-se a formação de uma cultura original, quando a tradição grega se dissemina por uma
larga área entre a Europa, África e Ásia, abrangendo o intervalo de
aproximadamente 900 até 146 a.C., data em que a Grécia caiu sob o domínio
romano. Os exemplos mais conhecidos da arte grega antiga, e os que mais profundamente
influenciaram as gerações posteriores, tanto teórica como materialmente,
pertencem ao período clássico, quando conheceram apreciável unidade ideológica
e formal, encontrando os seus alicerces numa filosofia antropocêntrica de
sentido racionalista que inspirou as características fundamentais deste estilo:
a dimensão humana e o interesse pela representação naturalista do homem. Assim,
a arte grega foi essencialmente uma criação urbana, de características
funcionais e de fundo moral, sagrado e/ou político, que elevou o homem a uma
condição exaltada. Boa parte do que se criou foi encomendado pelo Estado — era
destinado ao culto, ou era concebido como monumento público, celebrando heróis,
atletas e outras figuras por algum motivo notáveis e exemplares. Outras obras
perenizavam episódios mitológicos e conquistas coletivas, como eventos
históricos importantes ou os sucessos militares recentes, ou declaravam a
superioridade cultural dos gregos sobre outros povos, segundo a sua própria
visão. Isso, mais a concepção da arte como um instrumento pedagógico, fez com
que muito da arte grega tivesse características idealistas e formas austeras,
equilibradas e nobres, ao mesmo tempo em que mantinha contato com a realidade
concreta através de um concomitante interesse pela representação naturalista.
Os gregos produziram arte em todas as áreas mas se destacaram com mais vigor na
arquitetura, na escultura, no teatro e na literatura, nos legando grandes obras
que até hoje encantam milhões de pessoas.
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