AULA DE ARTES 3º BIMESTRE
ASSUNTO: O
CONCRETISMO NO BRASIL
Após a Segunda
Guerra Mundial (1939-1945), o Brasil passou por um forte surto desenvolvimentista:
implantação de indústrias nacionais como a automobilística, criação da
Petrobras e de siderúrgicas, crescimento das cidades e novos meios de
comunicação como a televisão. Neste mesmo período, surgiram o Museu de Arte de
São Paulo (MASP, 1947) e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM, 1948),
que se empenharam em formar acervos e promover exposições. O concretismo
conheceu seu período mais ativo nos anos 1950, logo após a I Bienal
Internacional de São Paulo, em 1951, que proporcionou contato direto com
diversas tendências internacionais. Na época já se esboçava o movimento
concreto, cujas principais características foram, basicamente, as seguintes:
aspiração a uma linguagem de comunicação universal (autonomia da arte com o
mundo exterior); integração do trabalho de arte na produção industrial (crença
na tecnologia); função social (acesso para todos e aplicação em todas as áreas
de comunicação visual, cabendo ao artista contribuir de modo abrangente
para a socialização da forma no design, na tipografia etc.); utilização,
tanto no suporte como na matéria prima, de materiais industrializados
produzidos em série (ferro, alumínio, tinta esmalte etc.); rigor geométrico na
matemática, que estruturou ritmos e relações; eliminação do gesto, do sinal da
mão, que tornou o desenho preciso, feito com régua e compasso. O marco
histórico da arte concreta no país foi o grupo paulista Ruptura. Que, em
manifesto lançado em 1952 na exposição do Museu de Arte Moderna de São Paulo –
assinado por Anatol Wladyslaw (1913-2004), Lothar Charoux (1912-1987), Féjer
(1923-1989), Geraldo de Barros (1923-1998), Leopold Haar (1910-1954) e Luiz
Sacilotto (1924-2003), liderados por Waldemar Cordeiro (1925-1973) – definiu as
"formas novas de princípios novos" estabelecendo entre seus membros
regras rígidas e racionalistas a serem seguidas. Eles se consideravam os
autênticos precursores da arte concreta no Brasil e ir contra essas regras
seria regredir na história e voltar a um passado tradicional. Em 1956, por ocasião da I Exposição Nacional de Arte
Concreta, realizada no MAM-SP, foi lançado o Manifesto da Poesia Concreta, que
concebia o poema como uma interação de um todo matematicamente planejado.
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